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Laboratório reduz preço de vacina contra vírus HPV

"Microrganismo pode causar câncer de colo de útero.
Cerca de 250 mil mulheres morrem por ano por causa desse problema."


O laboratório britânico GlaxoSmithKline (GSK) anunciou hoje uma redução de 50% no preço da vacina que comercializa no Brasil e é utilizada contra o HPV oncogênico, doença que pode levar ao câncer de colo do útero. A vacina será vendida, já a partir deste mês de março, ao preço de R$ 114,67, uma redução de 50% sobre o preço de fábrica de R$ 229,33. O novo preço já inclui os 18% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).
Nas clínicas de vacinação do País, no entanto, a venda final ao consumidor ainda terá um acréscimo referente a outros impostos, custos de conservação, aplicação e serviços médicos. Em nota à imprensa, a GSK justificou o reajuste como "reflexo da política de equilíbrio de preços dos produtos" e pelo "compromisso em disponibilizar vacinas de grande necessidade para a população, com valores mais acessíveis."
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano, 500 mil mulheres em todo mundo sofrem de câncer de colo do útero e pelo menos 250 mil acabam morrendo. No Brasil, a doença é a segunda maior causa por morte de câncer entre as mulheres, atrás apenas do câncer de mama, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
O câncer de colo uterino se desenvolve quando uma infecção pelo vírus HPV se torna persistente e progride. Já foram identificados mais de 100 tipos de HPV, sendo que cerca de 15 tipos são considerados causadores de câncer, chamados de oncogênicos. A função principal da vacinação é proteger as mulheres contra a infecção por HPV oncogênico, que está associado ao câncer de colo uterino.





Justiça dos EUA quebra patente de gene humano obtida por empresa

"Myriad Genetics registrou descrição de gene que pode causar câncer.
Com isso ela consegue fazer exames para detecção da doença."


Pela primeira vez nos Estados Unidos, um juiz disse explicitamente em uma sentença que os genes humanos são produto da natureza e, por isso, não podem ser patenteados. O caso ocorreu por causa de um tipo de exame registrado por uma empresa particular.

Lisbeth Meriani, do estado de Massachusetts, nos EUA, é uma das pessoas que precisa usar esse exame. Ela teve que retirar os dois seios por causa de um câncer e agora precisa fazer um teste pra saber se conseguiu vencer a doença.
O teste custa 3 mil dólares (quase 5 mil e quatrocentos reais) e só é fornecido por uma empresa: a Myriad Genetics, que investiu milhões de dólares em pesquisa e patenteou a descrição e o isolamento do gene humano que, modificado, pode desencadear o câncer - tanto no seio como no ovário.
 Mas Lisbeth, assim como várias outras mulheres pelo país não tem como pagar pelo exame. “Não tenho cartão de crédito, muito menos os três mil dólares”, diz ela.
A Associação de Defesa das Liberdades Civis entrou na justiça em maio do ano passado contra a empresa que desenvolveu o teste para tentar quebrar o monopólio e baixar os preços dos exames.
Nesta semana, um juiz do Tribunal Federal de Nova York decidiu pela anulação da patente, dizendo que "o DNA registrado pela empresa não é diferente do DNA natural", encontrado em todos os seres humanos.

Estado x empresas
A decisão reacende uma discussão: quem deve, afinal, financiar as pesquisas genéticas em seres humanos? Empresas comerciais ou o Estado?
A empresa americana diz que só consegue desenvolver novos testes e remédios com o dinheiro da venda de seus produtos patenteados.
Já a representante da Associação de Defesa das Liberdades Civis nos Estados Unidos diz que esse tipo de pesquisa deve ser feita pelas universidades públicas.

Para a geneticista Mayana Zatz, uma das principais pesquisadoras do Brasil nesse campo, a decisão da justiça dos EUA é importante para pacientes e cisntistas do mundo todo, que terão acesso livre ao que já foi descoberto. Ela falou também sobre a questão do financiamento.

"Eu acho que existe muita pesquisa ainda que é por parte do estado e que visa somente o avanço da ciência e o benefício do paciente, da saúde pública, e existe a pesquisa onde você vai gerar produtos. Nesse sentido, a iniciativa privada tem interesse em investir e, dependendo do caso, é justo pedir uma patente, mas não quando você está descobrindo mutações naturais, que não tem aí nenhuma criação, mas simplesmente a descoberta de uma coisa que já existe nos nossos genes", afirmou.
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1551410-5603,00-JUSTICA+DOS+EUA+QUEBRA+PATENTE+DE+GENE+HUMANO+OBTIDA+POR+EMPRESA.html

Velho inimigo pode ajudar a evitar mal de Alzheimer, afirma cientista

"Proteína A-beta pode ser parte das defesas do cérebro contra bactérias.
É ela que, acumulada em placas, destrói sinais entre conexões nervosas."


Durante anos, uma teoria bastante popular dizia que um dos principais vilões no mal de Alzheimer não passava de um produto inútil, de que o cérebro nunca se livrou adequadamente. O material, uma proteína chamada beta-amiloide, ou A-beta, se acumula em duras placas que destroem os sinais entre conexões nervosas. Quando isso ocorre, as pessoas perdem a memória, sua personalidade se altera, e elas deixam de reconhecer amigos e familiares.
 Porém, agora pesquisadores de Harvard sugerem que a proteína tem uma função real e inesperada – ela pode ser parte das defesas comuns do cérebro contra bactérias e micróbios invasores.

Os cientistas misturaram A-beta com micróbios, como estafilococos e pseudomonas. Ela matou 8 de 12.

Outros pesquisadores de Alzheimer dizem que as descobertas, relatadas no periódico científico "PLoS One", são intrigantes, embora não esteja claro se levarão a novas formas de prevenir ou tratar a doença.

Amostras do cérebro de pacientes com Alzheimer eram 24% mais ativas em matar as bactérias.

 A nova hipótese surgiu em 2007, num laboratório da Faculdade de Medicina de Harvard. O principal pesquisador, Rudolph Tanzi, professor de neurologia que também dirige a unidade de genética e envelhecimento no Hospital Geral de Massachusetts, disse estar examinando uma lista de genes que, aparentemente, estavam associados ao Alzheimer.
 Para sua surpresa, muitos se pareciam com genes associados ao chamado sistema imunológico inato, um grupo de proteínas que o corpo utiliza para combater infecções. O sistema é particularmente importante no cérebro, pois anticorpos não conseguem atravessar a barreira hematoencefálica, a membrana que protege o cérebro. Quando o cérebro é infectado, ele depende do sistema imunológico inato para protegê-lo.
 Naquela noite, Tanzi entrou na sala de um pesquisador mais novo, Robert Moir, e mencionou o que havia visto. Moir entregou uma planilha a Tanzi. Era uma comparação entre a A-beta e uma proteína bastante conhecida do sistema imunológico inato, a LL-37. As semelhanças eram excepcionais.
 Entre outras coisas, assim como a A-beta, a LL-37 tende a se agrupar em minúsculas esferas rígidas. Em roedores, a proteína que corresponde à LL-37 protege contra infecções no cérebro. Pessoas que produzem níveis baixos de LL-37 sofrem maiores riscos de infecções graves e têm níveis mais altos de placas ateroscleróticas, crescimentos arteriais que impedem o fluxo sanguíneo.
 Os cientistas mal podiam esperar para ver se a A-beta, como a LL-37, matava micróbios. Eles misturaram A-beta com micróbios que a LL-37 mata – listeria, estafilococos, pseudomonas. Ela matou 8 de 12.

 “Fizemos os experimentos exatamente como eles foram feitos durante anos”, diz Tanzi. “A A-beta foi tão potente ou, em alguns casos, mais potente que a LL-37.”

Pacientes com Alzheimer têm cérebros inflamados, mas não estava claro se o acúmulo de A-beta era causa ou efeito da inflamação.

Em seguida, os pesquisadores expuseram o fungo Candida albicans, uma das principais causas da meningite, a tecidos das regiões cerebrais do hipocampo de pessoas que haviam morrido de Alzheimer, e de pessoas da mesma idade que não tinham demência ao morrer.
 Amostras do cérebro de pacientes com Alzheimer eram 24% mais ativas em matar as bactérias. Mas, se as amostras fossem previamente tratadas com um anticorpo que bloqueava a A-beta, elas não matavam o fungo com mais eficácia que o tecido cerebral de pessoas sem demência.
 Sabe-se que pacientes com Alzheimer têm cérebros inflamados, mas não estava claro se o acúmulo de A-beta era causa ou efeito da inflamação. Talvez, explica Tanzi, os níveis de A-beta subam como resultado da reação do sistema imunológico inato à inflamação; pode ser uma forma de o cérebro reagir a uma infecção percebida.

Pesquisador tem um histórico de ideias incomuns sobre o mal de Alzheimer que acabam se mostrando corretas .

 Mas isso significa que a doença de Alzheimer é causada por uma reação excessivamente enérgica a uma infecção? Essa é uma razão plausível, junto a reações a ferimentos e inflamações e os efeitos de genes que causam níveis de A-beta mais altos que o normal, afirma Tanzi.
 Entretanto, alguns pesquisadores dizem que nem todas as partes da hipótese do sistema imunológico inato A-beta se encaixam. Norman Relkin, diretor do programa de doenças da memória no hospital NewYork-Presbyterian/Weill Cornell, diz que embora a ideia seja “inquestionavelmente fascinante”, as evidências são “um pouco frágeis”.
 Steven DeKosky, pesquisador de Alzheimer, vice-presidente e reitor da Faculdade de Medicina da Universidade da Virgínia, aponta que cientistas há muito buscam por evidências ligando infecções ao mal de Alzheimer – terminando geralmente de mãos vazias.
 Contudo, se Tanzi estiver certo sobre a A-beta fazer parte do sistema imunológico inato, isso levantaria questões sobre a busca por tratamentos para eliminar a proteína do cérebro.
 “Significa que você vai querer acertar a A-beta com um martelo”, diz Tanzi. “Isso nos diz que precisamos do equivalente a uma estatina para o cérebro, de forma a reduzir seu funcionamento sem desligá-la.” (Tanzi é co-fundador de duas empresas, Prana Biotechnology e Neurogenetic Pharmaceutical, que estão tentando enfraquecer a A-beta).
 Relkin avalia que, mesmo que a A-beta não faça parte do sistema imunológico inato, não seria uma boa ideia removê-la completamente, junto às bolas duras de placas que ela forma no cérebro.
 No passado, segundo Relkin, cientistas supuseram “que a patologia era a placa”. Hoje, ele compara a remoção das placas a desenterrar balas de um campo de batalha.
 Quanto mais balas numa região, mais intensa foi a batalha. Mas “desenterrar balas não vai alterar o resultado da batalha”, explica. “A maioria de nós não acredita que remover placas do cérebro seja a solução final.”
 Porém, outros cientistas não ligados à descoberta dizem estar impressionados com as novas informações. “Isso muda nossa maneira de pensar sobre Alzheimer”, afirma Eliezer Masliah, que chefia o laboratório de neuropatologia experimental da Universidade da Califórnia, câmpus de San Diego.
 Masliah está intrigado com a ideia de que conglomerados de A-beta possam matar bactérias e neurônios pelo mesmo mecanismo. Ele lembra que Tanzi tem um histórico de ideias incomuns sobre o mal de Alzheimer que acabam se mostrando corretas. “Creio que ele esteja perto de algo importante”, conclui Masliah.

Novo tratamento contra câncer de mama limita radioterapia a uma sessão

"Espécie de 'bola de gude' é introduzida onde havia tumor e emite radiação.
Resultados de teste, realizado por dez anos, serão apresentados em junho."

Um tratamento pioneiro para o câncer de mama, que permite reduzir a radioterapia a uma sessão de meia hora, está dando bons resultados nos testes com pacientes, indicam médicos do University College de Londres.
 O tratamento, utilizado após a extração do tumor em casos nos quais o câncer não está em fase avançada, mata as células cancerígenas que podem ficar com uma emissão concentrada de radiação.


Aparelho custa mais de R$ 800 mil

Atualmente, as mulheres com câncer de mama se submetem a cinco sessões de radioterapia que duram por volta de seis semanas depois da cirurgia, que conserva a maior parte do peito, ao contrário da mastectomia.

De 77 pacientes que participam de testes clínicos, 2 voltaram a ter câncer de mama no mesmo local.

Os médicos confiam que, assim que forem publicados os resultados dos testes no final deste ano, seja possível oferecer um só tratamento de radiação (conhecido pela sigla em inglês como IORT). É o que ressalta a equipe de pesquisadores liderada pelo oncologista Michael Baum, cujos estudos são publicados nesta segunda-feira (29) pelo jornal "The Times".
O procedimento consiste na introdução de um aparelho esférico - do tamanho de uma bola de gude - na área onde estava o tumor, por meio da incisão criada durante a operação.
 O aparelho propaga uma dose constante de radiação ao redor do leito tumoral, de acordo com os médicos.
 Segundo o "The Times", os resultados do teste, que levou dez anos, serão apresentados em junho na conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica em Chicago (EUA).
 Os pesquisadores esperam mostrar que o IORT é seguro e efetivo como as sessões convencionais de radioterapia.
 Até o momento, na terceira fase dos testes clínicos participaram 77 pacientes no Reino Unido, Alemanha e Austrália.
 Dessas mulheres, apenas duas - de idade média de 66 anos - voltaram a ter câncer de mama no mesmo local.
 O oncologista afirmou que o aparelho custa em torno de 300 mil libras (mais de R$ 800 mil) e é portátil. Por isso, seu acesso pode ser oferecido a mulheres que vivem longe das unidades de radioterapia, sobretudo no mundo em desenvolvimento.

Cientistas cubanos criam método para avaliar efeitos do clima na saúde

"Sistema alerta para riscos com 180 horas de antecedência.
Classificação biometeorológica foi apresentada na USP."


Cientistas cubanos desenvolveram uma metodologia para avaliar os efeitos do clima na saúde humana. A “classificação biometeorológica” foi apresentada no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo por Luís Bartolomé Lecha Estela, do Centro de Estudos e Serviços Ambientais da Universidade Central de Las Villas (UCLV), em Cuba. “Os prognósticos [...] auxiliam na prevenção de doenças com alta incidência, como asma, problemas cardiovasculares, acidente vascular cerebral, hipertensão arterial, cefaleias, hepatite, meningite, dengue e malária”, disse Lecha à Agência Fapesp.
“O método avisa com até 180 horas de antecedência a ocorrência de condições favoráveis para o desencadeamento de crises de saúde e utiliza como principal indicador a variação em 24 horas da densidade parcial de oxigênio no ar, o tipo de situação predominante e a ocorrência de efeitos locais de contaminação atmosférica”, explicou Helena Ribeiro, diretora da Faculdade de Saúde Pública da USP. “A cidade de São Paulo é um laboratório importante para se estudar essa relação. Pretendemos criar um programa a partir dos métodos desenvolvidos por Lecha.”

Segundo o pesquisador cubano, o índice de acertos tem sido superior a 80%. Entre 1º de dezembro de 2006 e 30 de abril de 2007 foram detectados pelo modelo cerca de 63 situações complexas de tempo com avisos de alerta, sendo 24 para hiperoxia (alta concentração de oxigênio) e 39 para condições de hipoxia (baixo teor de oxigênio). “Nos dias em que havia condições de hipoxia houve uma prevalência de crises massivas associadas à hipertensão arterial, cefaleias e de acidente vascular cerebral”, exemplificou Lecha.
 Helena Ribeiro, que orienta pesquisas relacionadas à saúde urbana e mudanças climáticas, falou da dificuldade no Brasil de se conseguir dados estatísticos de pronto atendimento nos ambulatórios, além das poucas pesquisas nessa área. “A ligação entre alterações climáticas e saúde ainda é incipiente no país. A maioria dos projetos aborda as mudanças climáticas em larga escala”, afirmou.

Compulsão por gordura funciona como vício em cocaína, diz estudo

"Pesquisa com camundongos sugere que dietas gordurosas estimulam produção de neurotransmissor ligado a sensação de prazer."

Uma pesquisa publicada esta semana afirma que os mecanismos do corpo que provocam vício em drogas são os mesmos que geram a compulsão por comer alimentos calóricos.
A pesquisa feita pelo Scripps Research Institute, no Estado americano da Flórida, afirma que, assim como o vício em drogas como cocaína, a compulsão por comidas gordurosas - como doces e frituras - é extremamente difícil de ser combatida.
O estudo, realizado com camundongos, mostra que as partes do cérebro que lidam com o prazer deterioram-se gradualmente na medida em que o consumo vai aumentando.
Essas regiões do cérebro vão respondendo cada vez menos aos estímulos, o que fez com que os camundongos comessem cada vez mais, tornando-se obesos.
O mesmo teste foi realizado com heroína e cocaína, e os ratos responderam da mesma forma.

  Obesidade
Para o cientista Paul Kenny, que coordenou a pesquisa de três anos, uma dieta com alimentos gordurosos possui elementos que viciam.
"No estudo, os animais perderam completamente o controle sobre seu hábito de alimentação, o primeiro sinal de vício. Eles continuaram comendo demais mesmo quando antecipavam que receberiam choques elétricos, mostrando o quão estimulados eles estavam para consumir a comida."
A experiência foi feita com alimentos que provocam obesidade se consumidos em excesso, como bacon, salsichas e cheesecakes. Os animais começaram a engordar imediatamente.
O cientista relata que quando a dieta foi trocada por alimentos mais saudáveis, alguns deles se recusaram a comer e preferiram não se alimentar.

  Prazer
Depois de analisar o resultado da pesquisa com camundongos, Kenny e sua equipe estudaram os mecanismos que provocam a compulsão.
O receptor D2 responde à dopamina, um neurotransmissor que está relacionado à percepção de prazer - como o provocado por comida, sexo ou drogas.
Quando há excesso no consumo de drogas como cocaína, por exemplo, o cérebro é "inundado" com dopamina, aumentando a sensação de prazer. Um processo semelhante acontece com dietas gordurosas. Com o tempo, no entanto, o cérebro recebe menos dopamina.

A pesquisa foi publicada neste domingo no jornal Nature Neuroscience.


Cientistas dos EUA e do Japão criam tecnologia capaz de ler pensamentos

"Máquina de ressonância magnética registra fluxo de sangue no cérebro.
Áreas mais irrigadas mudam conforme ideia que passa pela cabeça."


Imagens do fluxo do sangue em diferentes partes do cérebro estão permitindo a cientistas da universidade Carnegie Mellon, no estado americano da Pennsylvania, criar uma tecnologia capaz de identificar pensamentos.
A leitura é feita por meio de um equipamento de ressonância magnética. Quando uma pessoa deita dentro da máquina, os pesquisadores pedem para ela para ele pensar, do jeito que quiser, nas palavras que aparecem no monitor: adorar, odiar, insultar. Enquanto ela pensa, o computador divide o cérebro em 20 mil pequenos cubos, chamadas voxels.
Por onde o sangue passa com mais intensidade - ou seja, nas áreas ativadas por aquele pensamento - os voxels ficam azuis. Nas áreas onde a atividade é ainda mais intensa, eles ficam amarelos. E depois vermelhos. A imagem gerada por cada pensamento é comparada com milhares de outras.
É pela semelhança entre a imagem produzida pelo novo pensamento e aquelas que estão catalogadas que o computador é capaz de dizer exatamente o que estamos pensando. Assim, eles constroem uma espécie de dicionário de pensamentos, como explica o pesquisador brasileiro Augusto Buchweitz.

"O computador não consegue fazer nada sozinho, a gente tem que dar os dados pra ele, e ele vai procurar coisas que se repetem no cérebro das pessoas, que vai permitir identificar o conteúdo do pensamento de outras pessoas", diz Augusto Buchweitz.

Saúde
Um dos pesquisadores, o doutor Marcel Just, diz que essa tecnologia poderá ajudar no tratamento de problemas psiquiátricos e neurológicos, identificando o que está errado com o pensamento e orientando a terapia e a prescrição de medicamentos.
Parece ficção científica mas, ainda este ano, pesquisadores esperam ler os pensamentos de uma pessoa no exato momento em que eles estão acontecendo.
Por enquanto, a leitura de mente é um experimento embrionário que depende de máquinas pesadas e só pode ser feito num laboratório. Só que os psicólogos e neurocientistas querem mais. Acreditam que em pouco tempo vai haver um leitor de mentes que funcionaria à distância, decodificando o que passa pela cabeça de qualquer pessoa - para o bem ou para o mal...

Pensamentos roubados
Imaginem, por exemplo, um terrorista numa estação de trem em Nova York. Ele pode montar um equipamento portátil capaz de ler mentes e descobrir, por exemplo, o código de acesso ao computador central do serviço de inteligência dos Estados Unidos, caso aponte a máquina para um funcionário do serviço de inteligência.
E a tecnologia é tão avançada que pode não deixar o menor rastro. O espião terrorista poderia usar o laser para escanear o cérebro do agente enquanto ele está lê os números. Tudo o que é pensado seria interpretado pelo computador.
É claro que os pesquisadores esperam que a leitura de mente seja usada apenas pra fins pacíficos. Mas é um tema tão intrigante que envolve instituições de pesquisa de todo o planeta.
No Japão, eles estão inventando uma máquina capaz de ler até o que nós estamos sonhando.

Gravador de sonhos
As experiências realizadas no Instituto de Pesquisas em Telecomunicações Avançadas, em Quioto, seriam chamadas de mágica, milagre ou telepatia há alguns anos. O cientista Yukiaso Kamitami diz: "a minha meta é gravar os sonhos". Para chegar lá, os pesquisadores começaram a identificar imagens formadas no cérebro. Os primeiros testes foram bem-sucedidos.
Nos testes, os cientistas projetaram lá dentro do aparelho de ressonância magnética símbolos como um quadrado. Os voluntários olhavam fixamente para a figura. O aparelho captava a atividade cerebral e um computador interpretava o que a pessoa estava pensando. O resultado foi que a figura saiu um pouco borrada, mas o equipamento conseguiu ler o pensamento.
Assim como na pesquisa americana, a principal ferramenta dessa tecnologia é um programa de computador capaz de reconstruir imagens que a gente vê a partir das oscilações do fluxo sanguíneo dentro do cérebro. Essas oscilações variam conforme o símbolo apresentado ao voluntário.
Os pesquisadores japoneses dizem que há teorias de que os sonhos são importantes, por exemplo, no processo de fixação do aprendizado. Se isso for verdade, o gravador de sonhos ajudaria o ser humano a aprender melhor.
O professor diz que o domínio dessa tecnologia ainda está longe de acontecer. Mas um dia o que se passa na nossa mente quando dormimos pode deixar de ser apenas um sonho que esquecemos no dia seguinte.

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1548321-5603,00.html

Instituto Nacional do Câncer usa cães abandonados para ajudar pacientes terminais


Tuberculose resistente a drogas ainda causa índices mortais

"Variação da doença exige remédios de US$ 5 mil para ser tratada.
Em regiões da Rússia, um quarto dos casos é dessa modalidade."


A tuberculose resistente a medicamentos matou cerca de 15 mil pessoas em 2008. Metade dos casos do mundo ocorreu na China e na Índia, como afirmou a Organização Mundial da Saúde em relatório divulgado na semana passada.
Ninguém sabe o número exato de casos dos dois tipos de tuberculose resistente a drogas, chamada de MDR e XDR (“multi-drug-resistant” e “extensively drug-resistant”).
Alguns lugares, como Peru e Hong Kong, têm combatido a doença de forma eficaz, assim como o fez a cidade de Nova York no início da década de 1990. Partes da Sibéria também conseguiram alguns avanços, mas em outra região da Rússia mais de um quarto de todos os casos de tuberculose é da modalidade resistente a drogas. Na África, uma ampla maioria de casos provavelmente não foi diagnosticada, afirmou o relatório.
Até mesmo a tuberculose normal leva seis meses para ser curada sem um coquetel de quatro antibióticos. No entanto, as drogas custam apenas 20 dólares e são relativamente fáceis de tomar. As formas de tuberculose resistentes a medicamentos podem levar dois anos para serem curadas e exigem drogas perigosamente tóxicas que custam cinco mil dólares ou mais por pessoa.
Essas formas da doença geralmente emergem quando autoridades de saúde pública não conseguem garantir que pacientes com a tuberculose comum tomem seus medicamentos diariamente.

“Não há substituto para o controle da tuberculose básica”, disse Dr. Neil Schluger, diretor científico da World Lung Foundation. “Podemos ter caído numa sensação falsa de segurança, pois tem havido muitas novas verbas para pesquisa. As pessoas acham que um cientista vai para um laboratório e tira um coelho da cartola. Mas nada capaz de mudar o mundo acontecerá nos próximos anos”.

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1547608-5603,00-TUBERCULOSE+RESISTENTE+A+DROGAS+AINDA+CAUSA+INDICES+MORTAIS.html

Contra o aquecimento global, 72 cidades brasileiras apagam as luzes

"Evento criado pela rede WWF terá a participação de 19 capitais.
Na Amazônia, Mercado Ver-o-Peso e Teatro Amazonas devem se apagar."


Para manifestar sua preocupação com o aquecimento global, 72 cidades brasileiras - entre as quais 19 capitais - apagarão as luzes de seus principais pontos turísticos neste sábado (27). O ato faz parte da campanha “Hora do Planeta”, organizada pela rede de ONGs WWF, em que pessoas, governos e empresas apagarão as luzes das 20h30 às 21h30 (horário de Brasília) contra as mudanças climáticas.
A "Hora do Planeta" surgiu em 2007 na Austrália e terá este ano 125 países participando.

A iniciativa costuma mobilizar governos a apagarem as luzes de monumentos importantes, como a Torre Eiffel, na França, a Times Square, em Nova York, e o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
 Os estados da Amazônia Legal também vão aderir, deixando às escuras alguns cartões-postais que são referência na região, como o Mercado Ver-o-Peso, em Belém.
 A demanda por energia vem crescendo a cada ano nesta parte do país. Em 2008, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética, só a região Norte consumiu 23.873 GW / hora de energia. Os estados do Maranhão e de Mato Grosso, que compõem a Amazônia Legal, consumiram juntos 16.190 GW / hora de energia no mesmo ano.
 No Rio de Janeiro, primeira cidade a aderir, acontece o evento oficial da "Hora do Planeta 2010", no Jardim Botânico. São Paulo, Brasília, Recife, Salvador e Porto Alegre também estão entre as participantes
Abaixo, conheça a programação da Hora do Planeta para a Amazônia Legal, segundo informações do site do evento.

Manaus: Os parques Ponto dos Bilhares e Lagoa do Japiim terão as luzes apagadas. Haverá shows com os grupos Imbaúba e Pássaros da Amazônia, no Centro Universitário Luterano de Manaus. Após os shows, a multidão irá até a Lagoa do Japiim, a pé ou de bicicleta.
 No interior do estado, a Universidade do Estado do Amazonas está mobilizando seus campi em 24 municípios. Em Itapiranga, haverá uma procissão à luz de velas. Em São Sebastião, os jovens farão uma vigília na igreja adventista do município. Em Barcelos, a Hora do Planeta será na escadaria de uma igreja às margens do Rio Negro. Em Coari, haverá apresentação musical.

Belém: As luzes serão apagadas no Mercado São Brás e no Ver-o-Peso. Alguns hotéis e restaurantes na capital do Pará também preparam programação especial.

Palmas: As luzes do Espaço Cultural serão apagadas na capital do Tocantins.

São Luís: Ficam no escuro o Palácio La Ravardiere (sede da prefeitura), o Memorial Maria Aragão, a Igreja dos Remédios, a sereia da praça Dom Pedro II e o monumento da praça Gonçalves Dias.

Cuiabá: O Palácio Dante Martins de Oliveira, a praça Rachid Jaudy, o Museu do Morro da Caixa d’Água Velha e o Centro Geodésico da América do Sul terão as luzes apagadas.

Rio Branco: Participam o Horto Florestal e o Palácio Rio Branco. Alguns restaurantes também vão aderir ao evento.
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Remédio que 'cura' câncer ainda está longe das farmácias, diz pesquisadora.

"Cientistas descobriram como desativar gene que reproduz células tumorais.
Mas ainda há longo caminho para transformar achado em remédio."

Na última semana, cientistas da Harvard Medical School, nos EUA, mostraram ao mundo que encontraram o caminho para envelhecer e matar células do câncer apenas com a desativação de um gene – sem o uso de remédios fortes, como  quimioterápicos, evitando efeitos colaterais já tão conhecidos no tratamento de tumores.

A pesquisa, feita em camundongos e em estágio inicial em humanos, trouxe ansiedade para a uma possível cura do câncer, mas especialistas explicam que não é tão simples fazer uma descoberta se transformar em remédios.
“É um processo de longo prazo. É bem provável que demore anos”, conta a bióloga brasileira Luciana Andrade, que pesquisa células cancerígenas em seu pós-doutorado na Universidade da Califórnia, em San Diego, nos EUA.
Segundo Andrade, a descoberta de Harvard é importante, pois os cientistas conseguiram descobrir um “ponto fraco” das células cancerígenas, e agora abrem caminho para possíveis remédios que agem exclusivamente contra os tumores, praticamente sem efeitos colaterais.
A bióloga adverte, contudo, que os testes foram feitos em animais, e apenas para o câncer de próstata. Em outros tipos de câncer, o efeito da desativação do gene Skp2, como foi feito em Harvard, poderia ter outro efeito. “Cada órgão do corpo humano pode originar um tumor diferente”, conta a pesquisadora.
 
Tumor paralisado
O “desligamento” do gene Skp2, segundo a pesquisa divulgada na semana passada, faria com que as células dos tumores parassem de se reproduzir, impedindo que o câncer crescesse ou se espalhasse para outros órgãos – processo conhecido como metástase, que muitas vezes transforma o câncer em doença incurável. “O que mata é a metástase”, conta Luciana.
Superada a etapa de barrar a reprodução das células, ainda sobra um desafio para os médicos: o que fazer com um tumor maligno paralisado? “Ela [a célula cancerígena] pode ser removida pelo sistema imune ou não, ela pode morrer ou não. Ainda não se sabe dizer como isso ocorre. Mas conseguir controlar o crescimento de um tumor já é um tremendo avanço”, afirma a bióloga.

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1545194-5603,00-REMEDIO+QUE+CURA+CANCER+AINDA+ESTA+LONGE+DAS+FARMACIAS+DIZ+PESQUISADORA.html

Menina com 50% do cérebro surpreende médicos

"Com 9 anos de idade, Cameron Mott teve alta 4 semanas após cirurgia.
Hemisferectomia foi feita por neurologistas da Universidade Johns Hopkins."


    Ela teve quase 50% do cérebro removido por ordem médica, e não só sobreviveu como já faz planos para o futuro.
A recuperação de Cameron Mott, de 9 anos de idade, surpreendeu médicos e familiares.
    A doença, um gravíssimo quadro degenerativo chamado síndrome de Rasmussen, vinha corroendo o lado direito de seu cérebro havia seis anos.
    A lenta destruição causava convulsões violentas que, na opinião médica, só poderiam ser evitadas por meio da pura e simples remoção de metade do cérebro de Cameron.
 O caso foi publicado no site do jornal britânico "Daily Mail", entre outros veículos.
 Segundo a reportagem, contrariando a literatura médica, a menina já consegue correr e brincar.
 As únicas sequelas foram uma “pequena debilidade” nos movimentos e a perda da visão periférica.
 Ela teve alta do hospital da Universidade Johns Hopkins quatro semanas depois da hemisferectomia (a extirpação cirúrgica de um hemisfério cerebral) e encerrou há pouco a fisioterapia.
 E já avisou aos pais que deseja ser bailarina.
 Segundo os neurologistas da Johns Hopkins, a recuperação de Cameron ilustra uma situação raríssima em que o cérebro promove uma "reconfiguração".
 Um caso semelhante, noticiado com alarde em outubro do ano passado, é o da americana Michelle Mack , de 37 anos. Nascida com metade do cérebro, Michelle fala normalmente.
 O lado direito de seu cérebro também se “reconfigurou” para assumir também as funções típicas do lado esquerdo.
 À época, Jordan Grafman, chefe da Seção de Neurociência Cognitiva dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos EUA, explicou o que alguns já qualificavam de milagre: o cérebro de Michelle se reconfigurou, assumindo tarefas do hemisfério inoperante.
 Em seu caso, porém, as sequelas foram mais significativas: ela tem dificuldades na compreensão de conceitos abstratos e se perde facilmente em lugares com os quais não tem familiaridade.

FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1546377-5603,00-MENINA+COM+DO+CEREBRO+SURPREENDE+MEDICOS+E+JA+FALA+EM+VIRAR+BAILARINA.html

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Australiano com sangue raro já salvou 2,2 milhões de bebês

Seu plasma sanguíneo é usado na criação de uma vacina aplicada em mães para evitar que seus bebês sofram da doença de Rhesus, também conhecida como doença hemolítica ou eritroblastose fetal.
A doença causa incompatibilidade entre o feto e a mãe. A doença acontece quando o sangue da mãe é Rh- e, o do bebê é Rh+. Após uma primeira gravidez nestas condições ou após ter recebido uma transfusão contendo sangue Rh+, a mãe cria anticorpos que passam a atacar o sangue do bebê.
Vacina Anti-D previne a formação de anticorpos contra eritrócitos Rh-positivos em pessoas Rh-negativas
O sangue de Harrison, de 74 anos, no entanto, é capaz de tratar essa condição mesmo depois do nascimento da criança, prevenindo a doença.
Após as primeiras doações à Cruz Vermelha australiana, descobriu-se a qualidade especial do sangue de Harrison. Foi quando ele ganhou o apelido de "o homem com o braço de ouro".
"Nunca pensei em parar de doar", disse Harrison à mídia local. Em mais de uma década, ele fez 984 doações de sangue e deve chegar a de número mil ainda nesse ano.
Harrison se tornou voluntário de pesquisas e testes que resultaram no desenvolvimento de uma vacina conhecida como Anti-D, que previne a formação de anticorpos contra eritrócitos Rh-positivos em pessoas Rh-negativas.
Antes da vacina Anti-D, Rhesus era a causa de morte e de danos cerebrais de milhares de recém-nascidos na Austrália.
Aos 14 anos de idade, Harrison teve de passar por uma cirurgia no peito e precisou de quase 14 litros de sangue para sobreviver. A experiência foi o que o levou, ao completar 18 anos de idade, a passar a doar com constância o próprio sangue.
Seu sangue foi considerado tão especial que o australiano recebeu um seguro de vida no valor de um milhão de dólares australianos, o equivalente a R$ 1,8 milhão.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1541164-5603,00-AUSTRALIANO+COM+SANGUE+RARO+JA+SALVOU+MAIS+DE+MILHOES+DE+BEBES.html

Psiquiatra defende que melancolia volte a ser classificada como doença

O psiquiatra Gordon Parker, da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, defende o retorno da melancolia à classificação de “grave transtorno de humor”. Banido do Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais na década de 1980, o problema é muitas vezes confundido como uma característica de uma depressão maior.
Parker está liderando um esforço internacional com mais 18 especialistas de cinco países para que a próxima edição do manual de diagnóstico seja alterada: “Acreditamos que a melancolia é um diagnóstico separado, uma condição que requer tratamento separado, completamente diferente da maioria dos quadros depressivos.”
Para o especialista, a melancolia é uma doença grave, porque está completamente alheia às circunstâncias. Seus portadores simplesmente não conseguem ter “alto astral”. Segundo os pesquisadores que defendem a retomada da melancolia como desordem mental, existem hoje muitas pessoas que recebem o tratamento errado para o problema. Segundo essa visão, tratar um paciente melancólico com psicoterapia ou aconselhamento não ajuda muito, levando a maiores taxas de suicídio.

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