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OMS diz que 40% das mortes pela nova gripe são de pessoas saudáveis

"20 mil especialistas participam de congresso sobre medicina pulmonar.
Doença crônica das vias respiratórias é 3ª causa de morte no mundo."


Um especialista da Organização Mundial da Saúde afirmou nesta segunda-feira (14) que 40% dos casos graves e das mortes causadas pela nova gripe correspondem a pessoas saudáveis, e a taxa de mortalidade é ligeiramente mais alta nas idades entre 25 e 49 anos.
Na abertura do congresso anual da Sociedade Respiratória Europeia (ERS, em inglês), em Viena, um especialista da OMS confirmou que, em muitas partes do mundo, a nova gripe já desbancou a gripe sazonal.
'A taxa de mortandade é ligeiramente superior no grupo de entre 25 e 49 anos'
O especialista advertiu que, embora, em geral, a nova gripe não seja muito agressiva, chama a atenção o fato de que grande parte das mortes causadas, assim como os casos mais graves, foi registrada em pessoas que eram saudáveis antes de contrair o vírus A (H1N1). Além disso, destacou o fato de que o grupo de mais risco seja o de adultos.
"Inclusive a taxa de mortandade é ligeiramente superior no grupo de entre 25 e 49 anos, e 40% dos casos graves e das mortes afetam pessoas que seriam consideradas saudáveis", afirmou.
"Ainda não sabemos com exatidão de onde veio este vírus. Até agora, o A (H1N1) praticamente não sofreu mutação. Isso é uma sorte. As cepas são muito homogêneas. As complicações pulmonares são registradas com mais frequência do que na gripe comum sazonal", ressaltou.
De acordo com os dados da OMS, que parou de contabilizar o número de contagiados e só registra o número de mortes e casos graves, o maior número de pacientes internados por causa da doença nos Estados Unidos e na Austrália é entre os menores de 20 anos.
Até a próxima quarta-feira, cerca de 20 mil especialistas participam do congresso da ERS, a maior conferência mundial de medicina pulmonar.
O fórum concentra grande parte de sua atenção nas doenças crônicas das vias respiratórias, que avançaram até se transformar na terceira causa de morte em nível mundial.


Fonte: (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1303199-5603,00-OMS+DIZ+QUE+DAS+MORTES+PELA+NOVA+GRIPE+SAO+DE+PESSOAS+SAUDAVEIS.html)

Cientistas britânicos identificam gene que controla combate a doenças.

"Descoberta pode ajudar no combate ao câncer e a doenças auto-imune, dizem pesquisadores."

Cientistas britânicos anunciaram o descobrimento de um gene que ajuda a mobilizar o sistema imunológico para combater doenças.
O gene faz com que células-tronco do sangue se tornem células imunológicas conhecidas como Natural Killers (NK, ou Matadoras Natas).
Células NK que funcionam de maneira adequada são um tipo de glóbulo branco chave para a defesa do organismo, matando células cancerosas, vírus e bactérias.
Espera-se que a descoberta leve ao desenvolvimento de formas de estimular a produção de células de defesa do organismo, criando, potencialmente, uma nova forma de eliminar o câncer.
Atualmente, as células NK separadas de sangue de doadores são usadas no tratamento de alguns pacientes com câncer, mas sua eficácia é limitada porque elas podem ter pequenas diferenças de pessoa para pessoa.
O líder da pesquisa, Hugh Brady, disse: "Se um maior número de células-tronco do paciente puder ser 'coagido' a se transformar em células NK através de um tratamento químico, nós poderemos aumentar a força de combate do organismo ao câncer sem ter que lidar com os problemas de incompatibilidade ao doador."
Doenças auto-imunes
Segundo os pesquisadores, a identificação do gene E4bp4 pode ainda ajudar a desenvolver novos tratamentos para diabete tipo-1 e esclerose múltipla. Ambos os distúrbios ocorrem quando o sistema imunológico se volta contra os próprios tecidos do corpo. Alguns cientistas acreditam que o mau funcionamento de células NK é que provoca o ataque a células saudáveis.
Para fazer a descoberta, os cientistas do Imperial College London, University College London e Instituto Nacional para Pesquisa Médica do Conselho de Pesquisa Médica da Grã-Bretanha criaram um rato sem o gene E4bp4.
Estes animais eram absolutamente normais, exceto pela ausência de células NK.
Os pesquisadores começaram a estudar o efeito do E4bp4 em uma forma rara mas fatal de leucemia infantil quando descobriram a importância das células NK.

Fonte: (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1303235-5603,00-CIENTISTAS+BRITANICOS+IDENTIFICAM+GENE+QUE+CONTROLA+COMBATE+A+DOENCAS.html)

Unicef comemora queda da mortalidade infantil mas alerta para disparidades

"Taxa na África é 24 vezes maior que a dos países industrializados.
Maior redução foi nos países da America Latina e Caribe."

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês) divulgou relatório sobre os progressos na diminuição da mortalidade infantil no mundo. O documento é baseado em estudo que mostrou que as taxas de mortalidade infantil (crianças com menos de 5 anos) caíram mais no período 2000 a 2008 do que entre 1990 a 2000.
O estudo alerta, porém, para o fato de que esse ritmo de queda não é suficiente para que as metas do Milênio sejam alcançadas. Esse compromisso, assinado por todos os países presentes na Assembléia das Nações Unidas em 2000, em Nova York, estabeleceu metas para redução da pobreza e outros problemas até 2015.
A mortalidade de crianças de até 5 anos de idade em 2008 está em 65 para cada 1.000 nascidas vivas. Em 1990, esse índice global era de 90 para 1.000.
A diminuição de mortalidade foi de menos 10 mil crianças a cada dia, embora ainda ocorram quase 9 milhões de mortes anuais. Se olharmos os números de 1990, veremos que naquele ano foram 12,5 milhões de mortes.
A desigualdade global se expressa de maneira muito forte a partir da constatação de que a África e a Ásia representam 93% de todas as mortes de crianças com menos de 5 anos. O continente africano conta 51% dos óbitos e 42% ocorrerram na Ásia.
A taxa de mortalidade infantil na África atinge 132 crianças para cada 1.000 nascidas vivas. Isso equivale a 24 vezes as taxas dos países industrializados.
O melhor desempenho na redução de mortalidade foi dos países da America Latina e Caribe, que conseguiram reduzir seus índices em 56% nesses 18 anos, entre 1990 e 2008.
O Brasil, segundo o Unicef, está em 107º lugar no ranking mundial da mortalidade antes dos 5 anos. Essa colocação pode parecer inglória, porém nosso país conseguiu reduzir o índices de mortalidade de 58 crianças para cada 1.000 nascidas vivas em 1990, para 22 em cada 1.000 em 2007.
O dado mais importante do relatório é a constatação de que a redução de mortalidade infantil depende de intervenções simples como vacinação para doenças como sarampo e hepatite, uso de mosquiteiros em regiões onde a malária é prevalente e tratamento de mães com HIV/Aids e tuberculose.

Fonte: (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1303613-5603,00-UNICEF+COMEMORA+QUEDA+DA+MORTALIDADE+INFANTIL+MAS+ALERTA+PARA+DISPARIDADES.html)

Depressão atrapalha sobrevivência após câncer, diz estudo.

"Pesquisa realizada no Canadá revela que mortalidade é até 25% maior em pacientes com sintomas de depressão."

A depressão pode atrapalhar as chances de sobrevivência de pacientes com câncer, segundo estudo realizado no Canadá. Ao reunir e revisar 26 pesquisas separadas que envolveram mais de 9,4 mil pacientes, cientistas da Universidade de British Columbia descobriram que o número de mortes é 25% maior naqueles que mostravam sintomas de depressão.
Nos casos de pacientes diagnosticados com o problema, a taxa de mortalidade é 39% maior. O risco também permanece mesmo quando consideradas outras características clínicas que afetam a sobrevivência.
Para os pesquisadores, a descoberta enfatiza a necessidade de se examinar com cuidado os pacientes de câncer para avaliar se não há sinais de problemas psicológicos.
Segundo os cientistas, no entanto, ainda é necessário realizar novas pesquisas antes de se chegar a uma conclusão definitiva, já que é difícil descartar outros fatores que podem influenciar no quadro clínico de um paciente com câncer.
Os pesquisadores também reforçam que, em geral, o risco de morte por causa da depressão durante um câncer é pequeno, e que os pacientes não devem se sentir obrigados a manter uma atitude positiva para combater a doença.
O estudo mostrou ainda que o estresse pode ter um impacto sobre o câncer, afetando o crescimento de tumores e o espalhamento da doença para outras partes do organismo.
Para os especialistas, os problemas emocionais podem atingir os hormônios ou o sistema imunológico, ou ainda fazer com que os pacientes acabem adotando um estilo de vida que não condiz com seu tratamento.
Pesquisas anteriores já sugeriram que a depressão tem um grande impacto na mortalidade de vítimas de problemas cardíacos.
"É impressionante que a presença de sintomas depressivos ou o diagnóstico do problema possam ajudar a prever a mortalidade de pacientes de câncer", disse Jillian Satin, chefe da equipe de pesquisadores canadenses.
"Mas pessoas que estão com câncer não precisam entrar em pânico. O melhor a fazer é conversar com seus médicos sobre sua saúde mental e emocional", recomendou.


Fonte: (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1303182-5603,00-DEPRESSAO+ATRAPALHA+SOBREVIVENCIA+APOS+CANCER+DIZ+ESTUDO.html)

Mudanças na umidade relativa do ar propiciam disseminação de doenças

"Gotículas de água com poeira, vírus e bactérias se formam no ambiente.
Oscilação continua nas próximas semanas, diz meteorologista."


Terça-feira (8), após o feriado de 7 de setembro, o paulistano começa a semana debaixo de chuva. A umidade relativa do ar chega a cerca de 90% e com ela aumenta também a formação de gotículas de água carregadas com a poeira em suspensão, vírus e bactérias. Elas são invisíveis, mas causam resultados claros.
“As gotículas ficam vaporizadas no ambiente e são inaladas, com isso aumenta o risco de infecções, sinusites, rinites, gripes, resfriados, e pneumonias”, explica o pneumologista Alex Macedo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Com o aumento da umidade do ar, a consequência mais direta é a queda da temperatura. Com isso, as pessoas tendem a se concentrar mais em locais fechados, o que contribui para a rápida disseminação de doenças.
Para as pessoas que já têm doenças pulmonares, como asma, enfisema e bronquite, o problema é pior. “Para eles, a situação se agrava mais, pois o risco de contraírem essas infecções é maior e suas doenças acabam sendo exacerbadas”, diz Macedo.
Apesar de não ser o principal agravante, o que popularmente é chamado de “choque térmico” também não pode ser desconsiderado. “A mudança brusca de temperatura leva a uma diminuição momentânea das defesas do corpo, principalmente das vias aéreas como a garganta”, afirma o pneumologista.
As mudanças de temperatura e umidade do ar se tornaram comuns em São Paulo durante o inverno. No dia15 de agosto, a cidade registrou o menor índice de umidade desde que ele começou a ser medido, em 1963. Os 10%, medidos por volta das 15h daquele dia, são compatíveis com a média observada no deserto do Saara.
A má notícia é que nas próximas semanas, a tendência continua a ser a oscilação.
“Estamos num período de transição, saindo do inverno e indo para a primavera. Nesta fase, podemos ter momentos em que pode chover mais como o que tivemos nesta semana e outros mais secos também”, explica o meteorologista Olívio Bahia Neto, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).“É um período em que a estação não fica bem caracterizada.”


Fonte: (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1301433-5603,00-MUDANCAS+NA+UMIDADE+RELATIVA+DO+AR+PROPICIAM+DISSEMINACAO+DE+DOENCAS.html)

Vacina do H1N1 deve ser eficiente com dose única, afirma fabricante

"Decisão pode significar a cobertura do dobro de pessoas.
Efeito colateral é semelhante ao que ocorre na vacinação de gripe sazonal."

Estudos dos fabricantes e do governo americano mostram que uma só dose da vacina da nova gripe deve ser suficiente. O laboratório CSL, da Austrália, um dos pioneiros nos testes de eficácia da vacina, afirmou que a dose de 15 microgramas de vacina pura, sem adjuvantes – substâncias que ajudam a induzir a produção de anticorpos – é suficiente. Segundo a empresa, 98% dos indivíduos participantes do estudo apresentaram produção de anticorpos em quantidade capaz de proteger contra o H1N1.
Resultados semelhantes foram obtidos por outra fabricante, a Novartis, que afirmou que em seus testes a produção de anticorpos foi suficiente em 76% dos participantes, com uma dose única da vacina.
Segundo Anthony Faucci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doença Infecciosas, do governo americano, em entrevista a um jornal canadense, esses resultados são semelhantes aos obtidos pelos testes realizados até agora pelo NIH (Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos). Ainda segundo o médico, a produção de anticorpos foi obtida em 10 dias após a aplicação da vacina.
O mesmo instituto divulgou ontem que os testes da nova vacina serão realizados também em grávidas. Mais de 120 mulheres, com idades entre 18 e 39 anos que estão entre a 14ª e 34ª semana de gestação receberão a vacina. As grávidas deverão receber doses entre 15 e 30 microgramas do produto fabricado pela Sanofi-Aventis para o governo daquele pais.
A decisão técnica sobre a utilização de uma ou mais doses da nova vacina pode significar a cobertura do dobro de pessoas no mundo, já que estudos iniciais apontavam para a necessidade de duas doses para obtenção de proteção.
Em todos os estudos já divulgados, os efeitos colaterais são semelhantes aos que ocorrem na vacinação de gripe sazonal que é realizada todos os anos. O mais frequente é o desconforto no local da aplicação.
Ainda restam dúvidas quanto à eficácia da vacina nos idosos. As primeiras informações dão conta de que essas pessoas não produziriam a quantidade ideal de anticorpos com a vacina por já terem tido contato com vírus semelhantes em ocasiões anteriores.
Já com as crianças com menos de 9 anos, ainda não existem evidências que possam definir se serão necessárias uma ou mais doses para que se obtenha a proteção desejada.
De qualquer forma, o tempo para a decisão está se esgotando para os governos do Hemisfério Norte que deverão enfrentar o aumento do número de casos com a chegada do inverno.


Fonte: (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1301432-5603,00-VACINA+DO+HN+DEVE+SER+EFICIENTE+COM+DOSE+UNICA+AFIRMA+FABRICANTE.html)

Principal causa do hermafroditismo é mutação genética

O hermafroditismo é a presença em um indivíduo de genitais ambíguos – com estruturas masculinas e femininas completas ou não – desde o nascimento. Até os dois meses de gestação, homens e mulheres têm a genitália idêntica. O que os diferencia, a partir desse momento, é que a presença do cromossomo Y no embrião do sexo masculino (em especial um gene denominado SRY), produz proteínas que orientam para a formação dos genitais masculinos e para a ação da testosterona, o hormônio sexual masculino. No feto do sexo feminino, a ausência do gene SRY estimula a formação de genitais femininos. Não há estimativa de ocorrência de casos no Brasil, explica o médico geneticista Salmo Raskin, presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica. “Não temos ideia da incidência porque no país as doenças raras não têm nenhum acompanhamento, por falta de estrutura. Enquanto o país não tiver uma política de atendimento em genética no SUS, não se pode falar em incidência de doenças genéticas no país”, diz. “Além disso, muitas vezes os pais escondem o problema.” Com 16 anos de experiência na área, Raskin calcula já ter atendido mais de 200 casos. “Já atendi casos de moças de 18, 19 anos que me procuraram porque não menstruavam. A razão, simplesmente, era porque não tinham útero.”


Aparentemente este é o caso da atleta sul-africana Caster Semenya, campeã dos 800 metros no Mundial de Berlim, em agosto. De acordo com o jornal australiano "The Sydney Morning Herald", exames realizados durante a competição atestam que a fundista é hermafrodita: ela não possui ovários, apesar de na aparência externa apresentar órgão sexual feminino. O laudo definitivo só sai em novembro.
Há três tipos de hermafroditismo: o hermafroditismo verdadeiro, o pseudo-hermafroditismo masculino e o pseudo-hermafroditismo feminino.
No primeiro caso, o indivíduo apresenta ovários e testículos e os órgãos genitais externos com estruturas masculinas e femininas. Geneticamente, a maioria dos hermafroditas verdadeiros tem em cada célula dois cromossomos X – os homens normais têm um cromossomo X e um Y e as mulheres, dois X. Portanto, eles deveriam ser mulheres. O desenvolvimento dos testículos se deve a alterações em genes ainda desconhecidos que atuam como o gene SRY do cromossomo Y, responsável pela formação dos testículos.
No segundo, o indivíduo é um homem (XY) do ponto de vista genético, mas o pênis não se desenvolve completamente. Trata-se de homens não completamente virilizados, por lacunas no desenvolvimento sexual embrionário.
No terceiro caso, ocorre o inverso. As mulheres apresentam dois cromossomos X e têm o aparelho reprodutor feminino completo, mas durante a fase intrauterina sofrem um processo de virilização dos genitais: o clitóris cresce excessivamente e se apresenta como uma estrutura semelhante ao pênis.
Uma das causas possíveis é genética. Mutações no gene CYP21A2 (que se encontra no braço curto do cromossomo 6) resultam na deficiência de uma enzima, a 21-hidroxilase. O nome da doença decorrente dessa deficiência é hiperplasia congênita da supra-renal (HCSR), que ocorre em 1 em cada 17 mil nascimentos, segundo a Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal. Certas formas desta doença põem em risco de morte a criança com 7 a 14 dias de idade, pois há perda de sal e desidratação severa e rápida, que, se não tratada com urgência, pode levar a óbito.
A escassez da enzima 21-hidroxilase impede a síntese do hormônio cortisol, produzido nas glândulas supra-renais. Numa reação em cadeia, a falta desse hormônio aciona uma glândula da base do cérebro, a hipófise, que intensifica a produção de outro hormônio, o hipofisário corticotrófico, estimulante da atividade das supra-renais. Em resposta a esse estímulo, as supra-renais aumentam de tamanho e produzem mais hormônio masculino, a testosterona. Nos fetos do sexo feminino, o excesso desse hormônio provoca virilização: as mulheres nascem com um clitóris hipertrofiado, que lembra um pênis, e uma bolsa escrotal sem testículos, que recobre completamente a vagina.
Há também causas não genéticas. Quando a mulher, sem saber que está grávida, toma hormônios, essas substâncias podem contribuir para a virilização do feto do sexo feminino.
“O tratamento (do HCSR) é com hormônio corticoide. Mas precisa tomar hormônio o resto da vida, pois é um defeito enzimático. E os casais que têm um filho com este problema devem fazer aconselhamento genético antes de planejar futuras gestações, pois o risco de repetição é de 25% em cada nova gestação”, explica Raskin.
O leque de tratamentos também inclui intervenções cirúrgicas, decididas caso a caso e, evidentemente, acompanhamento psicológico. “Hoje em dia mudou muito a visão de tratamento desses pacientes. Há 30 anos cometeram-se verdadeiros erros médicos, era uma fase em que os cirurgiões pediátricos faziam cirurgias corretivas agressivas sem ouvir a opinião dos pais e sem equipe multidisciplinar para assessoras a decisão”, diz o médico geneticista Gerson Carakushansky, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Atualmente os casos têm de ser acompanhados por equipes com profissionais de várias áreas, sem muita pressa, porque o próprio paciente deve opinar sobre a operação. Só se faz a correção da parte que prejudica a função da criança, por exemplo para urinar. As definitivas ficam para mais adiante, sempre com psicólogos dando apoio à criança e aos pais.”


Fonte: (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1301395-5603,00-PRINCIPAL+CAUSA+DO+HERMAFRODITISMO+E+MUTACAO+GENETICA.html)

Vacinação antigripe nos EUA deveria iniciar por crianças este mês, diz estudo

"Eficácia depende do ‘timing’ da campanha de imunização.
Cobertura populacional ideal seria de 70%."


Se 70% da população americana for vacinada contra o vírus H1N1, começando pelas crianças em idade escolar, será possível mitigar o impacto da nova gripe no inverno, baixando sua taxa de infecção para 15%, nível compatível com uma temporada leve de gripe comum. Um grupo multidisciplinar da Universidade de Washington, em Seattle (EUA), fez o primeiro cálculo de transmissibilidade do vírus no ambiente escolar e concluiu que, no melhor cenário de combate, as crianças deveriam receber a vacina primeiro, seguidas dos adultos e dos profissionais de áreas expostas à doença, como saúde, e de serviços essenciais (mais uma vez saúde, mas também polícia e transporte, por exemplo).

Um “detalhe”: o início da campanha de imunização não poderia passar deste mês. “Embora o distanciamento social e o uso de antivirais possam ser parcialmente eficazes para tornar a disseminação (da gripe suína) mais lenta, a vacinação continua o meio mais efetivo de controle da influenza pandêmica”, diz o artigo que resume a pesquisa, publicado nesta quinta-feira (10) pela revista “Science”. Contrariando o que foi feito no Brasil, por exemplo, os cientistas avaliam que fechar escolas e outros espaços de aglomeração pública é o expediente com a menor relação custo/benefício na luta contra a nova gripe. A estratégia com a melhor relação custo/benefício, insistem os especialistas, é vacinar. O problema é quantas pessoas, qual é a prioridade e, acima de tudo, quando.
A alta transmissibilidade do novo vírus foi mais uma vez atestada: a taxa é de 1 para 1,3 a 1,7. Ou seja, cada gripado infecta quase outros dois. Essa taxa equivale à infecção de 25% a 39% da população mundial por gripe suína em um período de 1 ano.
As crianças se destacaram neste quesito: os estudantes doentes infectam colegas a uma taxa de 1 para 2,4. Ainda assim, de 30% a 40% das transmissões do influenza ocorrem em domicílios. Depois vêm as escolas, com cerca de 20%. Os demais espaços mais importantes de infecção são locais de trabalho e a “comunidade em geral”, diz o texto.
Os pesquisadores usaram um modelo de computador para simular os efeitos da vacinação nos EUA. Diferentes combinações de cenários alimentaram o sistema. Por exemplo: pré-vacinação (antes da retomada da multiplicação de casos, prevista nos EUA para breve) cobrindo 30%, 50% e 70% da população; vacinação universal, mas por etapas, com ou sem 30 dias de atraso em relação à retomada; vacinação em etapas, priorizando crianças, com ou sem atraso.
O estudo estima que atualmente mais de 20 laboratórios farmacêuticos estão na corrida para a produção do imunizante . Nos Estados Unidos, a vacinação pode começar em setembro e cobrir, por mês, 20% da população americana, isso por “muitos meses”. Mas o início da campanha de imunização pode ser adiado para outubro, admitem os pesquisadores – e só esse adiamento já traria prejuízos de saúde pública. Mesmo uma vacinação universal, mas com 30 dias de atraso em relação à repique de casos, tem pode de fogo reduzido. O trabalho parte do pressuposto de que serão necessárias duas doses, com um intervalo entre a 1ª e a 2ª dose de no mínimo três semanas. Outra premissa é que a disseminação limitada do H1N1 nos EUA na primavera e verão resultou “em uma imunidade em nível populacional muito limitada no outono”.

Fonte: (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1299615-5603,00-VACINACAO+ANTIGRIPE+NOS+EUA+DEVERIA+INICIAR+POR+CRIANCAS+ESTE+MES+DIZ+ESTUD.html)

Veneno de jararaca contra hipertensão em gestantes

"Doença atinge 3 entre cada 10 brasileiros adultos.

Em grávidas, perigo é o desenvolvimento de eclampsia."

A jararaca é uma das cobras mais perigosas do mundo. Uma picada pode ser fatal, mas esse poderoso veneno já é usado como aliado no combate de uma doença que atinge 3 em cada 10 brasileiros: a hipertensão arterial.
Pesquisadores descobriram agora que uma molécula extraída da serpente tem uma ação diferenciada e pode servir de base para a produção de um remédio específico para pressão alta em mulheres grávidas.

Nas grávidas, a hipertensão pode levar a complicações durante a gestação e no parto. Entre as complicações estão a eclampsia e a pré-eclampsia, principais causas de doenças e mortes de mães e recém-nascidos. “Não existe pervenção, não existem grandes sinais clínicos. Por isso que é essencial o acompanhamento pré-natal”, diz o médico obstetra Nilson Abrão Szylit.


Fonte: (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1299502-5603,00-PESQUISA+UTILIZA+VENENO+DE+JARARACA+CONTRA+HIPERTENSAO+EM+GESTANTES.html)

Saliva de Carrapato-Estrela contra câncer

"Após 42 dias, tumores de camundongos tiveram reversão completa.
Trabalho já dura 6 anos e também extrai anticoagulante da substância."

Da saliva do carrapato-estrela (Amblyomma cajennense), a ciência conhece apenas os efeitos nocivos. A febre maculosa, doença muitas vezes fatal, é transmitida pela picada do aracnídeo. Da mesma substância, porém, podem sair novos medicamentos contra o câncer, além de anticoagulantes. Há seis anos, pesquisadores do Instituto Butantan, em São Paulo, trabalham no desenvolvimento de uma droga que possa ser utilizada com as duas finalidades. O prognóstico é animador.
A pesquisa – ainda não publicada – foi um dos destaques no 22º Congresso Internacional da Sociedade de Trombose e Hemostasia, realizado em Boston (EUA), em julho. “Imaginávamos que a saliva do carrapato tivesse algum componente que inibe a coagulação, pois, como hematófago, precisa manter o sangue fluindo para se alimentar”, explica a farmacêutica Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, coordenadora do estudo.


Fonte: ( http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1265464-5603,00-PESQUISA+DO+INSTITUTO+BUTANTAN+USA+SALIVA+DE+CARRAPATOESTRELA+CONTRA+CANCER.html )

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