Grande exportador de implantes mamários é investigado por fraude
"Silicone se rompe com mais facilidade do que o esperado.
Anvisa já proibiu próteses da PIP no Brasil."
O fabricante francês de implantes mamários Poly Implant Prothese         (PIP), que exportava 90% de sua produção e tinha clientes no         Brasil, Venezuela, Argentina, Chile e Colômbia, entre outros         países, está na mira da justiça por um caso inédito de fraude na         composição de seu silicone.
As investigações abertas pela promotoria de Marselha, sul da         França, se somou a uma primeira queixa apresentada por uma         mulher em 2009 acusando os implantes de "colocar em perigo         a vida do próximo".
A Poly Implant Prothese, que até há alguns anos era o número três         do setor, sofreu um revés aparentemente irreversível nas últimas         duas semanas.
No final de março, a Agência de Segurança Sanitária de Produtos         de Saúde francesa (AFSSAPS) suspendeu o uso dos implantes         mamários do gel de silicone desse fabricante e pediu sua         retirada do mercado.
A autoridade de saúde baseou a decisão em uma frequência de         ruptura do envoltório desses implantes mais elevada do que em         outros produtos do gênero que também contém gel de silicone, e         em reações inflamatórias locais. Aparentemente, a PIP usava um         silicone diferente do declarado.
No geral, estes implantes têm uma vida de 10 anos. Segundo Jean         Claude Ghislain, diretor de avaliação de dispositivos médicos da         AFSSAPS, estas rupturas geralmente passam despercebidas por         falta de sintomas, por isso a necessidade de que as mulheres que         se submeteram a esse implante façam controles médicos  periódicos.
Das 500.000 mulheres que se viram submetidas na França a         implantes mamários com silicone - composição que voltou ao         mercado em 2001 -, 30.000 delas utilizaram implantes fabricados         pela sociedade Poly Implant Prothese.
Depois da recomendação da AFSSAPS de que as mulheres que usam         implantes mamários dessa fábrica se submetam a uma ecografia         anual, as autoridades sanitárias da Argentina e do Chile         decidiram retirar o produto do mercado.
Falência     
A abertura de uma instrução por parte da promotoria de Marselha         coincide com a decisão do tribunal do Comércio de Tolón, também         no sul da França, de declarar a empresa em falência.
Os 120 funcionários da Poly Implant Prothese reclamam de 10.000 a         15.000 euros de indenização e ameaçam atear fogo à fábrica que         ocupam há duas semanas.
 
 

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